quinta-feira, 28 de maio de 2009 | |

REPRODUÇÃO

Parte II


Em Gênesis 1:27, 28 podemos ver a orientação do Senhor para que a humanidade se multiplicasse e enchesse a Terra, cumprindo assim a função reprodutiva da família.
(27) Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (28) E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. (Gn 1:27-28)
Gerar filhos não é a única função da família, mas é uma das funções da família. Deus não nos incita a gerar filhos de forma irresponsável, mas Ele entrega à família o privilégio de compartilhar com Ele do ato de criar, ao gerar uma nova vida.
No entanto, em um mundo corrompido pelo pecado, em que a própria natureza geme esperando que Deus a liberte, nem todos temos a capacidade fisiológica de gerar filhos.
Na Bíblia há histórias de casais que não podiam gerar filhos como Elcana e Ana, Manoá e sua esposa. A bíblia conta história de mulheres que clamaram a Deus por um filho como fez Ana:
(1) Houve um homem de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efraimita. (2) Tinha ele duas mulheres: uma se chamava Ana, e a outra Penina. Penina tinha filhos, porém Ana não os tinha. (3) De ano em ano este homem subia da sua cidade para adorar e sacrificar ae Senhor dos exércites em Siló. Assistiam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli. (4) No dia em que Elcana sacrificava, costumava dar quinhões a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas; (5) porém a Ana, embora a amasse, dava um só quinhão, porquanto o Senhor lhe havia cerrado a madre. (6) Ora, a sua rival muito a provocava para irritá-la, porque o Senhor lhe havia cerrado a madre. (7) E assim sucedia de ano em ano que, ao subirem à casa do Senhor, Penina provocava a Ana; pelo que esta chorava e não comia. (8) Então Elcana, seu marido, lhe perguntou: Ana, por que choras? e porque não comes? e por que está triste o teu coração? Não te sou eu melhor de que dez filhos? (9) Então Ana se levantou, depois que comeram e beberam em Siló; e Eli, sacerdote, estava sentado, numa cadeira, junto a um pilar do templo do Senhor. (10) Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou muito, (11) e fez um voto, dizendo: ó Senhor dos exércitos! Se deveras atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e pela sua cabeça não passará navalha. (1Sa 1:1-11)
Deus atendeu à oração de Ana, mas em sua sabedoria eterna nem sempre nossos pedidos são atendidos.
Foi o que aconteceu com um casal de amigos que orou ao Senhor pedindo filhos, utilizou-se de vários métodos de concepção, mas não puderam gerar filhos de si mesmos. Esse casal aprendeu a duras penas lições que talvez só pudessem ser aprendidas daquela maneira.
Depois de um tempo de muita luta com Deus e de recuperação emocional, Deus operou de uma maneira miraculosa e eles decidiram adotar uma criança. Acabaram adotando duas meninas.
Mas, o que sempre me impressionou na experiência desse casal é o testemunho desse meu amigo de que depois de algum tempo visitando as meninas em um orfanato, ao voltar para casa, um dia ele teve a sensação de que havia deixado suas filhas e desejou levá-las para casa.
Disse ele que a partir daquele momento começou a compreender melhor o amor de Deus que também nos adotou em sua família, pagando como preço dessa adoção a vida de seu único filho legítimo: Jesus Cristo.
Hoje há casais que não desejam ter filhos. Muitas vezes o desejo de não gerar filhos está ligado à uma questão econômica: nos sonhos que eles têm para si mesmos não cabem filhos; outras vezes, com medo do mundo caótico em que vivemos, eles se perguntam se vale a pena colocar mais um vida neste mundo.
A vida é um presente de Deus. Ela é sempre bem-vinda. Filhos nos ensinam a abrir mão do egoísmo, a rejeitar a avareza, a compartilhar o que temos e somos. Filhos são um alerta de que não somos um fim em nós mesmos. Não é uma tarefa fácil. Mas concebê-los, de nossas entranhas ou do coração, é participar com Deus da sua criação.


continuação Tema: Educação

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